Corinthians, el campeón de los campeónes

Sim, amiguinho. Depois de 102 anos de história, o Corinthians tornou-se enfim o campeão da Copa Santander Libertadores e conquistou a América. Enquanto os EUA celebravam sua independência, aqui os fogos de artifício eram por outra razão. E, depois de um placar deliciosamente proveitoso (não foi goleada, não foi pouquinho – 2 x0 sempre me soou como “na medida certa”, e, em um “Corinthians VS. Boca Juniors”, em pleno Pacaembú, valendo a taça de campeão da Libertadores…), acompanhei meu irmão caçula, Gabriel, para umas voltas pelo bairro. Pouco tempo…coisa de 40 minutos…

Avenida Governador Carvalho Pinto – popular “Tiquatira” -, dez minutos após o apito final: bares lotados e comemoração nas ruas (Crédito: Rafael Arbulu, via iPhone)

Sim, a zona leste fervia. Um show de luzes, reuniões em bares, carros lotados, buzinando e entoando hinos e canções. Festa digna de um vencedor que esperou mais de um século por uma conquista específica. Claro, houve incidentes, como em toda comemoração. Ninguém gosta de saber que um torcedor do seu time causou dano à família (ou “às famílias”) e depredou patrimônio público. Isso nem de longe é torcida, mas graças a São Jorge, meu irmão e eu passamos bem longe disso.

A única cena que se repetia em constante loop diante dos nossos olhos era a de torcedores felizes, exaltando uma equipe que encarou a argentina inteira, além do peso de ver outros brasileiros torcendo contra.

Título é título: independente de ser um ou cem, todos têm o mesmo sabor. Eu faço questão de parabenizar meus rivais. Tri-campeões mundiais, bi-mundiais, quem quer seja, parabéns pelas suas conquistas. Mas, se me dão licença, essa é nossa. Diga o que quiser: nada se compara a torcer para um time desses.

Obrigado pelos parabéns de quem é sensato. “Chupa”, quem torceu contra e fica buscando argumentos para diminuir o valor de nossa conquista. Com a gente, isso não funciona: aqui é Corinthians!

Sem mais.

Sobre a verdadeira genialidade do futebol brasileiro…

Ontem, depois de 25 anos, 11 meses e 356 dias de torcida – boa parte desse tempo, completamente inconsciente -, vi meu amado Corinthians ser campeão. Evidentemente, fui às ruas, acompanhado do meu irmão caçula e um amigo, celebrar. Nao ficamos muito, como você sabe, pois apesar de um bando de loucos, ainda somos proletários e necessitamos pegar no batente na manhã seguinte – meu irmão, em obra (ele é engenheiro civil) e eu, em casa.

Mas, uma vez acordado, obviamente deixaria uma janelinha do browser aberta nas redes sociais para acompanhar comentários – corinthianos e “o resto”. Foi então que me deparei com a imagem aí embaixo (valeu, Rômulo!):

Crédito: Algum usuário do Facebook

Montagem mal-feita à parte (sério…tá feínha, vai…), a descrição da figura serve para enaltecer a verdadeira genialidade de Emerson Sheik, provavelmente o mais malandro do time de malandros. Para mim, ele foi a figura da partida não por ter feito os dois gols que garantiram a inédita taça de campeão da Libertadores, mas por fazer os argentinos do Boca Juniors provarem do próprio remédio.

Não é de hoje que se tem o conhecimento de que argentino se aproveita da cabeça quente brasileira para, nas palavras de Cléber Machado, “catimbar” o jogo. Toma falta, faz pressão no juiz, provoca jogadores brasileiros, que ficam irritados e jogam sem responsabilidade. Já vi times daqui serem destruídos em campo por decorrência de uma ou duas expulsões vindas de brigas óbvias.

Ontem, Sheik tirou proveito disso…

A grande verdade é que argentinos são tão cabeças-quentes (o plural tá certo?) quanto nós, brasileiros. E tal qual nós, eles também são hiper-suscetíveis à provocação. No caso de Emerson Sheik, o argentino Caruzzo, zagueiro do Boca Juniors, provou minhas palavras.

Emerson Sheik provoca Caruzzo (Crédito: Yahoo)

A imagem acima antecede ao momento em que Sheik diz, claramente, a Caruzzo: “quer bater? Então bate aqui, ó!”, apenas para virar o rosto e apontar o local que o argentino obviamente desejava acertar em cheio. E apenas nessas seis palavras é que Sheik mostra uma porção de sua genialidade: se os argentinos podem provocar, por que nós também não podemos? E o resultado é esse aí embaixo:

Não rolou expulsão, não teve quebra-pau, mas note como Caruzzo perde a linha sempre que Sheik chega perto. O atacante corinthiano foi substituído ao final da partida, sabiamente, pois qualquer briga já é suficiente para estragar a mais bela das vitórias.

Parabéns, Emerson!
Parabéns, Corinthians!
Chupa, Matias Caruzzo!
Chupa, Boca!

Aqui é Corinthians, ontem, hoje e sempre!